quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Padre Bartolomeu de Gusmão


Bartolomeu Lourenço de Gusmão Santos, 1685  Toledo, 18 de novembro de 1724 foi um sacerdote secular, cientista e inventor português nascido na capitania de São Vicente, em Santos, famoso por ter inventado o primeiro aeróstato operacional, a que chamou de "passarola". Cognominado o padre voador, é uma das maiores figuras da história da aeronáutica mundial.
Foi batizado com o nome simplesmente de Bartolomeu Lourenço, em 19 de Dezembro de 1685, na Igreja Paroquial da vila de Santos pelo padre Antônio Correia Peres. Era o quarto filho de Francisco Lourenço Rodrigues e Maria Álvares. Será mais tarde, em 1718, que adota a si o apelido de Gusmão em homenagem ao preceptor e protetor jesuíta Alexandre de Gusmão
Obras

Manifesto Sumário para os Que Ignoram Poder-se Navegar pelo Elemento do Ar, onde pretendia mostrar a possibilidade da aeronáutica, 1709; Vários modos de Esgotar sem Gente as Naus que Fazem Água, 1710.

Principais contributos científicos
Cognominado o "padre voador", é considerado um percursor da aeronáutica sendo dos primeiros a provar a possibilidade de criar engenhos com capacidade para voar. O projecto que apresentou a D. João V previa a possibilidade de criar um instrumento que permitisse mandar avisos a territórios longínquos, transportar produtos ultramarinos, socorrer praças sitiadas, descobrir as regiões próximas dos pólos, e resolver o problema das longitudes.
Após ter recebido do rei D. João V, em 19 de Abril de 1709, apoio e um privilégio que lhe permitiria ter o exclusivo na construção de máquinas voadoras, dedicou-se a esta tarefa.
Não se conhecem outras experiências para além das que praticou na corte, sendo muito famosa a gravura que fez da "passarola", que não terá passado de um artifício de Gusmão para desviar a atenção dos seus detractores e dos curiosos.
As experiências com aeróstatos foram desenvolvidas na segunda metade do século XVIII pelos irmãos Montgolfier, Joseph Michel (1740-1810) e Étienne (1745-1799). Após várias experiências, em Setembro de 1783 fizeram subir um balão de ar aquecido que transportou três animais e em Novembro um outro balão transportou duas pessoas e sobrevoou Paris.

Categorias da Narrativa em Memorial do Convento

Narrador: 
  • É homodiegético, com a intenção de captar a atenção do narrador que se sente participante;
  • É heterodiegético, na maior parte da obra, quando narra a acção;
  • Por vezes torna-se autodiegético, quando representa um pensamento (não confundir com os diálogos) de uma personagem;
Homodiegético – personagem secundária
Heterodiegético – não participante
Autodiegético – personagem principal

Accção:

A ação de Memorial do Convento gira em torno da vontade dos homens: vontade dos franciscanos, vontade de D. João V, vontade do padre Bartolomeu, vontade da Inquisição e vontade do povo.


O narrador começa por falar da história de D. João V e da sua promessa.

Faz referência à história de amor de Baltasar e Blimunda.


Tempo:

A acção inicia-se em 1711, quando D. joão V ainda não fizera 22 anos e D. Mana Josefa chegara há mais de 2 anos da Áustria.

Referencias cronológicas: 


  • Em 1716- Bênção da primeira pedra de Mafra;
  • Em 1717- Baltasar e Blimunda regressam a Lisboa para trabalharem na passarola do Padre Bartolomeu Gusmão;
  • Em 1719- Celebra-se o casamento de D. José V com Mariana Vitória e de Maria de Bárbara com o príncipe D. Fernando (VI de Espanha).
  • Em 1730- Quadragésimo primeiro aniversário do rei e sagração do Convento de Mafra.
  • A acção termina  em 1739- Blimunda vê Baltasar a ser queimado em Lisboa, num auto-de-fé.


Espaço Físico:

Lisboa:

  • Terreiro do Paço - local onde se situava o palácio do rei;
  • Rossio - é o centro urbano onde tem lugar as festividades como os autos-de-fé, as procissões e as touradas;
  • Abegoaria - a Quinta do Duque de Aveiro, em S. Sebastião da Pedreira, é o local onde a passarola é construída.


Mafra:

  • Vila de Mafra - é uma pequena população que sobrevive pela agricultura e que vive isolada da civilização até o rei escolher Mafra como local da construção do convento;
  • Alto da Vela - é o local da construção do convento;
  • lha da Madeira - é um aglomerado de barracões de madeira onde se localiza os alojamentos dos operários que trabalham na construção.

Espaço Social:


  •  Procissão do Corpo de Deus;
  • O trabalho no Convento de Mafra;
  • Procissão de quaresma;
  • Autos-de-fé;
  • A Tourada.


Personagens:

·         D.João V:
  •  Representante do poder real absolutista;
  • Cumpridor dos seus deveres de marido e rei;
  • Amante dos prazeres humanos;
  • É um rei megalómano;
  • Bastante vaidoso;
  • Teme a morte e antecipa a sua imortalidade.
·         D.Maria Ana Josefa:
  • Passiva;
  • Insatisfeita;
  • Vive num ambiente repressivo.

·         Baltasar Sete-Sóis:

  • Membro do casal protagonista da narrativa;
  • Representa a crítica do narrador à desumanidade da guerra;
  • Pragmático e simples;
  • Participa na construção do Convento.
·         Blimunda Sete-Luas:
  • Segundo membro do casal protagonista da narrativa;
  • Mulher sensual e inteligente sem regras que a condicionam e escravizam;
  • Dotada de poderes invulgares;
  • Representa o transcendente e a inquietação constante do ser humano;
  • Tem um dom particular, a ecovisão;
  • Percepciona a mentira e a hipocrisia.
·         Frei Bartolomeu Lourenço de Gusmão:
  • Representa as novas ideias;
  • Estrangeirado;
  • Homem curioso e grande orador sacro;
  • Tem uma postura “antidogmática”

·         Povo:

  • Rude;
  • Espoliado;
  • Violento

D. João V


Historicamente, nasceu no Palácio da Ribeira a 22 de Outubro de 1689 e morre em Lisboa a 31 de Julho de 1750.
 
Rei de Portugal desde 1 de janeiro de 1707, D. João V, filho de D. Pedro II e de Maria Sofia de Neuburgo, adquire o cognome de Magnânimo devido à promoção de obras grandiosas como o Convento de Mafra.
 
Casa em 1708 com D. Maria Ana da Áustria, de quem tem seis filhos, entre os quais D. José (sucessor no reino), D. Maria Bárbara (futura rainha de Espanha), e D. Pedro.

Inquisição em Portugal


A inquisição foi criada pela igreja católica a 23 de Maio de 1536 no reinado de D, João III para combater as heresias, ou seja, as correntes religiosas que saiam do cristianismo tradicional e oficial.
A inquisição combatia os inimigos da fé cristã. Os judeus foram os mais perseguidos pela inquisição em Portugal.
A revolução Liberal de 1820 pôs fim à inquisição em Portugal em 1821.
A tortura era utilizada, por vezes, para obter uma confissão.

Formas de tortura:

  • O candelabro;
  • Tortura da água;
  • Autos-de-fé;
  • A dama de ferro;
  • a dama de
  • A Pêra;
  • A roda.

Modulo 12

Biografia e Bibliografia de José Saramago

José Saramago nasceu a 16 de Novembro de 1922 em Azinhaga, aldeia ribatejana. Fez estudos secundários em Lisboa que, por dificuldades económicas não pode prosseguir.

O seu primeiro emprego foi de serralheiro mecânico nas oficinas do Hospital Civil de Lisboa, contam-se também diversas actividades profissionais que exerceu, contam-se as de desenhador, funcionário de saúde e da previdência social, editor, tradutor e jornalista.

Publicou o primeiro livro, o romance Terra do Pecado, em 1947.

José Saramago colaborou na revista Seara Nova.

De 1985 a 1994 foi presidente da Assembleia Geral da Sociedade Portuguesa de Autores.

A partir de 1976 passou a viver do seu trabalho literário, primeiro como tradutor, depois como autor.José Saramago morreu a 18 de Junho de 2010 com 87 anos em Espanha.

Bibliografia

Romances:

  • Terra do Pecado, 1947
  • Memorial do Convento, 1982
  • O Ano da Morte de Ricardo Reis, 1984

Contos:

  • Objecto Quase, 1978
  • O Conto da Ilha desconhecida, 1997

Prémios:

  • Prémio Camões (1995) 
  • Nobel de Literatura (1998), o primeiro concedido a um escritor de língua portuguesa.